A revista Iberoamericana. América Latina – España – Portugal pretende publicar um dossier dedicado às práticas e políticas de memória no Portugal revolucionário. O objetivo deste número especial é reunir investigações inéditas que possam contribuir a um melhor conhecimento do papel que tiveram práticas de substituição de memória coletiva no processo de democratização. Algumas das questões de interesse são:

- Políticas centrais e municipais de memoria: O que mudou? Quem foram os agentes de mudança? Como foram os processos de negociação de memória nos espaços públicos (mudanças toponímicas, estátuas, nomes de instituições públicas)?
- O papel dos movimentos sociais na condenação da ditadura: Que continuidades e rupturas se produziram neste processo radical e, em parte, descontrolado de ajuste de contas com a ditadura?
- Que papel desempenhou a recuperação da memoria da primeira república no pós-25 de abril? Como foi possível reavivar a memória republicana na construção democrática de um país que durante a ditadura não deixou de ser república?
- Pacto de silêncio ou desmemoria pós-catarse? É legítimo falar de amnésia coletiva durante o período de normalização democrática? Que consequências resultaram da ruptura de transferência geracional de memória?
- Processos jurídicos contra membros do Estado Novo: justiça transicional ou condenação simbólica?
- A Comissão do Livro Negro – pioneira das chamadas comissões de verdade?

Beitrag von: Teresa Pinheiro

Redaktion: Robert Hesselbach