Stadt: Leipzig

Frist: 2021-05-31

Beginn: 2021-09-15

Ende: 2021-09-19

chamada em português, ver em baixo

Historische Zäsuren und literarische Reaktionen

Von Zäsur ist schnell die Rede, wenn im politischen, gesellschaftlichen, wirtschaftlichen oder kulturellen Verlauf der Geschichte bestimmte Ereignisse ein Innehalten oder eine Kehrtwende verursachen. Häufig werden solche Momente als Krise verstanden, die radikale Veränderungen mit sich bringt und das historische Kontinuum unterbricht. Eine solch vereinfachte Sicht auf das Phänomen wird den komplexen Dynamiken von Zäsuren und Kontinuitäten jedoch nicht gerecht. Es gilt nämlich, zwischen gesellschaftlichen und individuell-biografischen Zäsuren zu unterscheiden. Auch wenn historische Ereignisse, die von der Allgemeinheit als besonders bedeutend und einschneidend wahrgenommen werden, oftmals das Privatleben der Menschen verändern, heißt dies nicht zwangsläufig, dass sie auch einen Bruch in persönlichen Biografien bedeuten. Dass Geschichte und die Zäsurhaftigkeit von Ereignissen ohnehin Konstrukte menschlichen Denkens sind, schwingt bei alldem mit.
Wenn sich Historiker*innen der Geschichtsschreibung und damit der – vermeintlich – objektiv-deskriptiven Rekonstruktion des Geschehenen widmen, impliziert dies zumeist einen Rückgriff auf das Konzept der Kontinuität und Zäsur, da der Zeitstrom anhand von konkreten Ereignissen gegliedert wird. In dieser Sektion soll es aber darum gehen, in literarischen Texten die subjektiv-emotionale Annäherung an historische Kontinuität und Zäsuren offenzulegen und die ästhetische Verarbeitung von markanten Ereignissen zu analysieren. Ausdrücken kann sich diese Verarbeitung in der Thematisierung konkreter historischer Momente in Texten oder durch veränderte ästhetische Modelle oder Diskurse, die sich in der Literatur (auch) unterschwellig bemerkbar machen, mit Traditionen brechen oder sich in eine Kontinuität einschreiben. Die portugiesischsprachigen Literaturen bieten ein breites Panorama an literarischen Reaktionen auf bedeutende Momente: man denke an die Verarbeitung(en) der portugiesischen Nelkenrevolution, des Erdbebens von Lissabon, des Verlusts der portugiesischen Unabhängigkeit im Zuge der Schlacht von Alcácer-Quibir, der Verlegung des Königshofes nach Brasilien im Jahr 1808, des mosambikanischen Bürgerkriegs oder des Massakers von Batepá auf São Tomé. Momente wie die Semana da Arte Moderna in São Paulo sind wiederum (kulturelle) Zäsuren, die als solche verstanden und intendiert sind und rückblickend als Markierung der Kulturgeschichte gelten.
Die Sektion bietet demnach Gelegenheit, verschiedene Themen rund um „Zäsur(en) in portugiesischsprachigen Literaturen“ einzubringen:
• Wie und wann reagiert Literatur auf historische Umbrüche und Zäsuren?
• Inwiefern können literarische Texte selbst Teil von Zäsuren sein?
• Auf welche Weise verhandeln literarische Texte das Verhältnis von Kontinuität und Zäsur?
• Welche Sprache, Symbole, Bilder und Textsorten werden bevorzugt verwendet, wenn von Zäsuren die Rede ist?
• In welchem Verhältnis stehen gesellschaftlich-historische und individuell-biografische Zäsuren zueinander?

Wir laden alle Interessierten herzlich ein, bis zum 31.05.2021 auf Deutsch oder Portugiesisch ein Abstract (max. 300 Wörter) für einen Vortrag (20 min.) und dazu eine bio-bibliographische Notiz an die beiden Sektionsleiter zu senden: Alexander Altevoigt (alexander.altevoigt@uni-goettingen.de) & Tobias Brandenberger (tbrande@gwdg.de).


Ruturas históricas e reações literárias

É frequente aparecer o termo de “rutura” quando se fala de acontecimentos políticos, sociais, económicos ou culturais que provocam uma pausa ou uma viragem no decorrer da História. Tais momentos são muitas vezes entendidos como crise que traz mudanças radicais e interrompe a continuidade histórica. Contudo, uma visão simplificadora do fenómeno não faz justiça à complexa dinâmica de ruturas e continuidades. É preciso distinguir entre ruturas sociais e ruturas individuais (biográficas), já que apesar de os acontecimentos históricos particularmente significativos para uma sociedade em geral mudarem frequentemente a vida privada das pessoas, isto não implica necessariamente que representem também uma rutura nas biografias pessoais. De qualquer modo, tanto a história como as ruturas que nela se produzem não deixam de ser suscetíveis de serem consideradas como meras construções do pensamento humano.
Quando se dedicam à historiografia e assim à reconstrução (supostamente) descritiva e objetiva dos acontecimentos, os historiadores recorrem normalmente ao conceito de continuidade e rutura, uma vez que o fluxo do tempo é estruturado através de acontecimentos concretos. Nesta secção, no entanto, o objetivo é revelar a abordagem subjetiva-emocional da continuidade e de ruturas históricas em textos literários e analisar as reações estéticas perante tais acontecimentos marcantes. Estas reações podem consistir na tematização de momentos históricos concretos em textos, na modificação de modelos ou discursos estéticos que se revelam na literatura, rompem com as tradições ou se integram numa continuidade. As literaturas de língua portuguesa oferecem um amplo panorama de reações literárias a momentos significativos: pense-se na(s) reações(s) ao 25 de Abril, ao Terremoto de 1755, à perda da independência portuguesa depois de Alcácer-Quibir, à transferência da corte real para o Brasil em 1808, à Guerra Civil Moçambicana ou ao Massacre de Batepá em São Tomé. Momentos como a Semana da Arte Moderna em São Paulo são, por sua vez, ruturas (culturais) que são entendidas e pretendidas como tais e que podem ser vistas, em retrospetiva, como marcadores da história cultural.
A nossa secção oferece a oportunidade de tratar vários tópicos relacionados com o tema “Rutura(s) nas literaturas de língua portuguesa”:
• Como e quando reage a literatura às transformações históricas e ruturas?
• Em que medida podem os próprios textos literários fazer parte de ruturas?
• Como é que os textos literários negociam a relação entre a continuidade e a rutura?
• Que língua, símbolos, imagens e tipos de texto são preferidos quando se fala de ruturas?
• Qual é a relação entre as ruturas sócio-históricas e as ruturas biográficas/individuais?

Convidamos todos os interessados a enviar um resumo (máx. 300 palavras) referente às propostas de comunicação (20 minutos) e uma breve apresentação bio-bibliográfica, em português ou alemão, até ao dia 31 de maio de 2021 aos organizadores da secção: Alexander Altevoigt (alexander.altevoigt@uni-goettingen.de) e Tobias Brandenberger (tbrande@gwdg.de). A seccção terá lugar no âmbito do 14° Congresso Alemão de Lusitanistas, 15-19 de setembro 2021, Universidade de Lípsia (Alemanha).

Alexander Altevoigt &
Prof. Dr. Tobias Brandenberger
Seminar für Romanische Philologie
Georg-August-Universität Göttingen

Beitrag von: Alexander Altevoigt

Redaktion: Robert Hesselbach