Stadt: Mainz

Frist: 2017-04-30

Sektion 2 – Diskursgemeinschaft oder Singularität? – Das Epos und die intellektuellen Debatten in den lusophonen Kulturen im 19. Jhd.
Sektionsleitung: Roger Friedlein und Marcos Machado Nunes (Bochum)

Das Epos ist in den lusophonen Literaturen des 19. Jahrhunderts eine prägende Gattung, über deren Notwendigkeit und Zuschnitt sich in der Romantik und darüber hinaus eine zeitgenössische Debatte entzündet. Die Diskussion um das Epos bildet insbesondere im Brasilien des 19. Jahrhunderts ein Kernstück sowohl des nation building-Diskurses als auch, wie in Portugal, der ästhetischen Innovation. Bekannt ist hier bislang insbesondere die Debatte zwischen José de Alencar und Gonçalves de Magalhães, die sich um den Gattungskonflikt Epos vs. Roman dreht. Obwohl diese Episode zentral für die brasilianische Literatur des 19. Jahrhundert ist, erschöpft sich die Reflexion und Diskussion über die Gattung und ihre Bedeutung im Kontext der entstehenden Nationalliteraturen nicht mit ihr. Die Debatte besitzt im 19. Jahrhundert bereits eine lange Vorgeschichte; sie bezieht sich nunmehr einerseits auf die romantische und post-romantische Literatur und ist andererseits für die im 19. Jahrhundert beginnende Literaturgeschichtsschreibung und Kanonbildung von großer Bedeutung. Im Rahmen des 12. Deutschen Lusitanistentags möchten wir mit dieser Sektion ein Diskussionsforum schaffen, das den textuellen und diskursiven Horizont auch jenseits der Polemik um A Confederação dos Tamoios erschließt. Obgleich transatlantische Kontakte und Austausche noch zu erforschen sind, möchten wir auf die unterschiedlichen Bedingungen aufmerksam machen, unter denen der metaepische Diskurs sich in beiden Ländern entfaltet: In Brasilien liegt die zentrale Problematik in der Integration der Indianer und der Entstehung der Nation; in Portugal gilt es vielmehr die Beziehung zu berücksichtigen, die die Autoren mit der epischen Gattungstradition seit Camões aufbauen. Trotz dieser Divergenzen formt der metaepische Diskurs im lusophonen Sprachraum des 19. Jahrhunderts eine vielseitige Gesamtheit.

Vor dem Hintergrund eines DFG-Forschungsprojekts über die Transformationen des Epos in der Iberoromania des 19. Jahrhunderts, das an der Ruhr-Universität Bochum durchgeführt wird, hoffen wir in Mainz ForscherInnen versammeln zu können, die erörtern wollen, inwiefern das Epos im 19. Jahrhundert zum Reflexionsobjekt wird.

Im Rahmen der kulturellen Transformationen der Romantik wirkt das Konzept der literarischen Gattungen zunächst problematisch, denn die Entgrenzung, Verschmelzung oder Auflösung der Gattungskonventionen und -erwartungen gilt als romantischer Regelfall. Im Falle des Epos wird die Tendenz zur Innovation durch die zentrale Position der Gattung in den entstehenden literarischen Kanons aufgewogen, was wiederum Auswirkungen auf den Status der Literatur im kulturellen Kontext der Transformationen auf beiden Seiten des Atlantiks hat. Eine intensive (manchmal auch disperse) Reflexion über das Epos bildet sich heraus, die in so unterschiedlichen Texttypen auftritt wie Paratexten, Literaturgeschichten und -kritik, in der Presse und privaten Schriften (Briefen) sowie im Sinne der Autoreflexivität auch in den literarischen Texten selbst.

Am Kreuzweg zwischen Tradition und Innovation sind daher eine Reihe von Themen auszumachen, die in der Sektion des Lusitanistentages diskutiert werden können: Welche Einstellungen gegenüber der epischen Tradition und ihrer möglichen (oder unmöglichen) Transformation und Fortführung zeigen sich in diesen Diskursen? Wie verhalten sich diese Diskurse zur literarischen Praxis? Welche Relevanz wird dem Epos in der Entstehung der kulturellen und literarischen Felder beigemessen? Welche anderen zentralen Themen der Romantik lassen sich auf die Debatte über die epische Dichtung beziehen? Welche Möglichkeiten einer transatlantischen Perspektive bieten die Analyse und Bewertung dieser Diskurse? Welche Konzepte von Autorschaft und ihrem institutionellen Ort werden erkennbar?

Wir laden alle Lusitanisten ein, die Interesse daran haben, diese oder damit in Zusammenhang stehende Fragen zu diskutieren, und/oder andere Thematiken vorzuschlagen, an unserer Sektion teilzunehmen.

Bitte schicken Sie Ihr Abstract an folgende Kontakte bis zum 30.04.2017:

Prof. Dr. Roger Friedlein: roger.friedlein@rub.de
Dr. Marcos Machado Nunes: marcos.machadonunes@rub.de

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Secção 2 – * Discursos partilhados ou singulares? A poesia épica e os debates intelectuais no século XIX lusófono*
Coordenação: Roger Friedlein e Marcos Machado Nunes (Bochum)

Nas literaturas lusófonas do século XIX a epopeia constitui um gênero marcante, sobre cuja pertinência e alcance deflagra-se, a partir do Romantismo e depois, um intenso debate. Particularmente no Brasil, a discussão sobre a epopeia constitui uma peça central dos discursos de formação da nacionalidade, mas, assim como em Portugal, também da inovação estética. Notório tem sido, até hoje, o debate entre José de Alencar e Gonçalves de Magalhães, que se desenrola no conflito entre a epopeia e o romance. Contudo, a reflexão e a discussão sobre o gênero e seu significado no contexto das literaturas nacionais emergentes não se esgota neste episódio, central para a história da literatura brasileira do século XIX. O debate diz respeito à produção literária no Romantismo e depois, mas também é de grande relevância para a avaliação que se faz, durante o período, do passado literário. No âmbito do XII Congresso Alemão de Lusitanistas, propomos criar um espaço para a discussão de um horizonte textual e discursivo mais amplo do que a chamada polêmica sobre A confederação dos tamoios. Embora não seja impossível reconhecer contatos e trocas transatlânticas nesse campo, chamam a atenção as condições divergentes em que se produz o discurso metaépico no Brasil, por um lado, onde a problemática central reside na integração do índio e a constituição nacional, e em Portugal, onde pesa mais a relação que os poetas estabelecem com a tradição do gênero desde Camões. Apesar dessas divergências, o discurso metaépico do séc. XIX lusófono forma um conjunto polifacético.

Em conexão com um projeto de investigação financiado pela DFG sobre as transformações da poesia épica no século XIX no espaço iberorromânico, esperamos reunir em Mainz pesquisadores interessados em avaliar como a epopeia se converte em objeto de reflexão no século XIX.

No contexto das transformações culturais do Romantismo, a própria ideia de gênero literário se mostra problemática, levando à transgressão, fusão ou dissolução das normas e expectativas de gênero. No caso da epopeia, a tendência à inovação é contrabalançada pela centralidade do gênero nos cânones literários em formação, com implicações sobre a posição da literatura nos contextos culturais em transformação nos dois lados do Atlântico. Articula-se uma intensa (embora às vezes dispersa) reflexão sobre a poesia épica em discursos que circulam em tipologia textual diversa: paratextos, historiografia e crítica literárias, imprensa, escrita privada (cartas), assim como nos textos literários, em particular, nos próprios poemas épicos, em momentos de autoreflexão.

Na encruzilhada entre conservação e transformação, uma série de temas e questões se apresentam para a discussão no Congresso: Que concepções da tradição épica e da sua possível (ou não) transformação e sobrevivência se apresentam nesses discursos? Em que medida esses discursos se relacionam com o fazer literário? Que relevância é dada ao gênero na formação dos campos culturais e literários? Que outros temas significativos para o período se associam à discussão sobre a poesia épica? Quais as possibilidades de uma perspectiva transatlântica na avaliação desses discursos? Que concepções de autoria e seu lugar institucional estariam em jogo?

Convidamos os interessados em discutir essas questões e/ou propor outras indagações sobre o tema a participar da nossa seção.

Por favor, envie o seu resumo até dia 30 de abril de 2017 para:

Prof. Dr. Roger Friedlein: roger.friedlein@rub.de
Dr. Marcos Machado Nunes: marcos.machadonunes@rub.de

Beitrag von: Marcos Machado Nunes

Redaktion: Christof Schöch